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Uma nota tocada no violão ou na guitarra é composta por uma mistura de vários sons de freqüências diferentes. Cada um desses sons é um harmônico. E existe uma forma de se tocar e ouvir apenas um harmônico de cada vez. Na verdade são duas formas – através dos harmônicos naturais e dos harmônicos artificiais.
Como se Faz?
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Os Harmônicos Naturais são obtidos ao posicionar o dedo indicador sobre qualquer corda, em cima do sétimo traste, sem pressionar a corda, e a seguir palhetando a corda. Também é possível tocar harmônicos naturais sobre o quinto traste, o décimo segundo e o décimo nono traste, como no vídeo abaixo. Além desses, existem harmônicos naturais que são mais difíceis de tocar, eles ficam na terceira, quarta e nona casa.
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Os harmônicos Artificiais são aqueles que são manipulados com uma palhetada especial. Eles podem ser tirados de qualquer corda em qualquer casa, mas com certeza é muito mais fácil na região do meio do braço. Há muitas formas diferentes de se conseguir um Harmônico Artificial, e com certeza é muito mais fácil com uma boa distorção.
A técnica necessária para se obter um harmônico artificial é simples, porém requer prática. Ela é dividida em dois momentos. No primeiro, você dá uma palhetada normal na corda desejada – procure fazer o movimento mais curto possível. No segundo momento, você gira levemente a mão que está segurando a palheta para que a lateral do seu polegar encoste na corda, abafando-a levemente.
Aos poucos você irá descobrir que para cada nota que você palhetar existe uma posição certa na corda para atingir com a palheta. Essa posição geral mente é entre os captadores, e elas podem estar mais próximas da ponte ou do braço da guitarra.
É interessante notar também que você pode obter diferentes sons para uma mesma nota através dos harmônicos artificiais. Funciona da seguinte maneira: Escolha uma nota, e mantenha seu dedo fixo nela; por exemplo, a nota lá na quarta corda, sétimo traste. Agora aplique um harmônico artificial exatamente entre os dos captadores. E então experimente aplicar o harmônico artificial entre outras regiões da corda.
Essa técnica é muito utilizada por Eddie Van Halen, o guitarrista que tornou os harmônicos, tanto os naturais quanto os artificiais, tão populares no rock.
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Muitos guitarristas de todos os estilos usam os harmônicos. Porém, alguns exploraram essa arte com mais profundidade. Eles são Eddie Van Halen, Zakk Wylde, Steve Vai, Steve Morse, Joe Satriani e Dimebag Darrel.
Uma Forma Especial de Harmônicos Naturais
Existe ainda uma nova forma de se obter harmônicos artificiais, que é muito fácil, mas não tão comum. E o bom dela é que é muito legal de se fazer, e é possível também tirar sons bem distintos da sua guitarra.
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Pressione o dedo sobre a segunda casa da quinta corda com uma mão, e com a ponta do dedo indicador da outra mão bata rapidamente sobre o sétimo traste da mesma corda. Essa é apenas uma das muitas combinações possíveis. Você pode experimentar segurar o dedo sobre outra nota, e bater com o outro dedo em outra casa também. Por exemplo, experimente apertar o dedo no quinto traste, e com o indicador da outra mão acertar rapidamente o décimo segundo traste.
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O que há em comum entre todas as espécies de harmônicos tocados na guitarra? Simples. O princípio aplicado é sempre o mesmo. Em todos eles você está dividindo o comprimento da corda em frações. Por exemplo, quando você toca um harmônico natural sobre a décima segunda casa de qualquer corda, o que você está fazendo na verdade é dividir o comprimento da corda em duas partes exatamente iguais!
Você pode dividir a corda em quantos pedaços você quiser. Por exemplo, para dividi-la em três pedaços iguais, basta posicionar o seu dedo sobre o sétimo traste e tocar a corda. E, como ela foi dividida em três, existe mais uma posição que fornece o mesmo harmônico – o décimo nono traste.
O mesmo funciona para os harmônicos artificiais. Apenas a forma que eles são obtidos é diferente. No harmônico natural, nós colocamos o dedo de uma mão sobre uma posição e palhetamos a corda com a outra mão. Com o harmônico artificial, nós fazemos os dois ao mesmo tempo, e com a mesma mão. Primeiro palhetamos a corda, e imediatamente depois colocamos a borda do dedo polegar da mesma mão sobre a posição desejada.
Fonte: Guitar Coast
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tamanho de corda | harmônico | traste | nota | intervalo |
| 1/2 | 2º | 12º | Mi | otava |
| 1/3 | 3º | 7º | Si+2 c. | quinta perfeita |
| 2/3 | 3º | 19º | Si+2 c. | quinta perfeita |
| 1/4 | 4º | 5º | Mi | oitava |
| 1/5 | 5º | 4º – mm | Sol#-14 c. | terceira maior justa |
| 2/5 | 5º | 9º – 5mm | Sol#-14 c. | terceira maior justa |
| 1/6 | 6º | 3º+5mm | Si+2 c. | quinta perfeita |
| 1/7 | 7º | 3º – 1cm | Ré-31 c. | 7ª menor harmônica |
| 1/8 | 8º | 3º – 2,2cm | Mi | Oitava |
| 1/9 | 9º | 2º+1,3mm | Fá+4 c. | 2ª maior justa |
| 1/10 | 10º | 2º – 6mm | Sol# – 14 c. | terceira maior justa |
| 1/11 | 11º | 2º – 1,2cm | Fá – 39 c. | 4ª pouco aumentada |
| 1/12 | 12º | 2º – 1,7 cm | Si+2 c. | quinta perfeita |
Nota: «4º – 4mm» significa «entre 3º e 4ª trastos, a 4 mm do 4º»; «2 + 1,3mm» significa «entre 2º e 3ª trastos, a 1,3 mm do 2º».
Nota sobre cents: Para medir o tamanho dos intervalos de um modo que corresponda à sua percepção pelo ouvido humano (que tem uma resposta logarítmica) usa-se uma unidade chamada cent que é 1/100 de um meio-tom da escala de temperamento igual. O limiar de distinção do ouvido humano é de cerca de 2 ou 3 cents. Uma oitava corresponde a 1200 cents. A partir do valor de um intervalo representado por uma fracção n/d, o seu valor em cents é calculado usando a expressão 1200 log (n/d) /log 2. créditos: planetaclix.pt


