Episódio 6 – Cavaquinho sem Segredos: Frase Aditiva, Nilse Carvalho e o Clássico "Naquela Mesa"
Olá, amigos! Aqui é Marcos Duprá, do canal Primeiros Acordese seja bem-vindo a mais um episódio do nosso programa semanal Cavaquinho sem Segredos, que vai ao ar toda segunda-feira às 20h.
Hoje damos mais um passo na construção de solos, explorando uma nova ferramenta melódica: a frase aditiva. Também vamos conhecer a trajetória de uma artista brilhante no quadro Bambas do Cavaco — a cavaquinista Nilse Carvalho — e refletir sobre a beleza da canção “Naquela Mesa”, no quadro Ouvir é Aprender. E claro, vou responder às perguntas que vocês deixaram no YouTube e Instagram.
Revisão: As Ferramentas que Já Estudamos
Se você está chegando agora, vale a pena assistir aos episódios anteriores. Tudo está interligado — cada aula se baseia no que já foi apresentado:
- Acordes dentro do campo harmônico de Ré
- Escalas como ponte
- Notas-alvo como guia do solo
- Motivo melódico (o ritmo da frase)
- Frases suspensivas e conclusivas
- Anacruze (início da frase antes da cabeça do tempo)
Essas ferramentas são a base do nosso aprendizado.
Nova Ferramenta: Frase Aditiva
A frase aditiva consiste em acrescentar novas notas à frase melódica que já foi construída. Essas notas extras funcionam como pontes entre a frase original e a próxima nota-alvo — trazendo variedade, riqueza rítmica e melódica ao solo.
Exemplo Prático
Tomemos a mesma sequência de acordes dos episódios anteriores:
- Ré
- Fá# menor
- Mi menor
- Lá com sétima
Primeiro tocamos o solo básico, como estudamos antes. Em seguida, repetimos o solo, mas agora adicionamos notas da escala no final de cada frase — criando um novo caminho até a nota-alvo.
🎵 Essa pequena modificação já é suficiente para transformar o solo em algo novo e interessante. A frase aditiva não é improvisação aleatória — ela se baseia na estrutura que você já construiu.
Pratique devagar, seguindo a tablatura, e observe como a frase ganha fluidez, cor e uma sensação de continuidade natural.
Bambas do Cavaco: Nilse Carvalho
No quadro Bambas do Cavaco, a homenageada de hoje é Nilse Carvalho — uma artista talentosa, completa e pouco mencionada nas grandes mídias.
- Começou a tocar aos 5 anos de idade e lançou seu primeiro disco, “Choro de Menina”, com apenas 12 anos, em 1981.
- Além de cavaquinista, é compositora e bandolinista, e já tocou nos EUA, Itália, Espanha e França.
- É respeitadíssima no meio do samba e do choro, com um toque firme, rítmico e preciso.
- Sua discografia é difícil de encontrar, mas no site IMMuB há informações e capas de álbuns.
Uma dica: no YouTube, você encontra uma gravação incrível dela tocando um pupurri com "Kid Cavaquinho" e "Brasileirinho". Vale a pena ouvir, tanto pelo domínio técnico quanto pela voz expressiva e marcante de sambista.
Ouvir é Aprender: “Naquela Mesa”
A canção “Naquela Mesa” é uma das mais emocionantes da música brasileira. Foi composta por Sérgio Bittencourt, filho de Jacó do Bandolim, como uma homenagem ao pai falecido. É um verdadeiro retrato da saudade.
🎵 Na música, cada nota carrega emoção. E como intérprete, é isso que você deve buscar transmitir: sentimento, intenção e respeito pela canção.
Recomendo a versão da própria Nilse Carvalho, ao lado de Hamilton de Holanda e Zélia Duncan. A combinação da voz, do acompanhamento no cavaquinho e do solo expressivo no bandolim é de arrepiar.
Pergunte ao Professor
Gemima Laureta pergunta:
“Não tenho ideia de como tocar nenhum instrumento. Estou com 64 anos e tenho um cavaquinho em casa. Posso aprender?”
Claro que pode! A idade não é um limite. O primeiro aluno que tive numa escola de música tinha 89 anos e queria aprender a ler partitura — e conseguiu. A questão principal não é a idade, mas sim o desejo, a paciência e a persistência.
Agora, é importante também gostar do instrumento. Não escolha o cavaquinho apenas porque tem um em casa — escolha porque ele te emociona, te inspira. Se for o caso, vá em frente. Você vai conseguir!
Rivaza pergunta:
“Qual cavaquinho você recomenda para iniciantes?”
Os preços variam bastante — de R$ 200 até R$ 6.000 ou mais. Para iniciantes, recomendo um modelo intermediário, com bom custo-benefício. As marcas Gianini e Rozini são ótimas opções.
Evite modelos muito baratos, pois podem desestimular pela má tocabilidade. Um instrumento de entrada de boa qualidade poderá ser revendido facilmente, caso você deseje futuramente um cavaquinho superior.
💡 E se você só tem aquele cavaquinho velho em casa — não tem problema. Como dizemos por aqui: “qualquer pedaço de tora serve para começar”. O importante é começar!
Conclusão
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📚 E assista os episódios anteriores para consolidar o seu aprendizado!
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Nos vemos na próxima segunda-feira, às 20h, para mais um episódio de Cavaquinho sem Segredos!
🎶 Marcos Duprá – Prada Primeiros Acordes